por Erika Hofling Epiphanio
No dia 01 de agosto de 2016 o NEPFE promoveu o seu terceiro
debate, que foi realizado as 19 horas no auditório da biblioteca da Univasf,
campus de Petrolina.
Este debate teve como tema “Esporte e deficiência: abertura de
possibilidades”. Além de um debate foi um momento de celebração, pois há mais
de um ano o NEPFE (Núcleo de Estudos e Pesquisa em Fenomenologia e Esporte) e a
APA (Associação Petrolinense de Atletismo) construíram uma parceria sólida e
profícua. São diversos os projetos que nos encontramos. São ações realizadas
por estagiárias de psicologia, oferecendo acompanhamento psicológico para
atletas, alunos desenvolvendo ações de extensão universitária e ainda
investigações científicas na busca de mais conhecimento para nos auxiliar ao
desenvolvimento de atletas, destacando os atletas como nossos principais
parceiros neste caminho de descobertas.
Considero que são encontros promissores na busca de conquistas
totalmente direcionadas o tema que debatemos: “O esporte e a deficiência:
abertura de possibilidade”.
Antes mesmo do início do debate os participantes e convidados
puderam entrar no clima experienciando o “Sentindo na Pele”, um projeto de
grande relevância da Coordenação de Políticas de Educação Inclusiva da UNIVASF,
em que proporciona que as pessoas vivenciem as limitações experimentadas em
diferentes deficiências. Importante destacar também que esta mesma coordenação
disponibilizou um intérprete de libra tornando o evento mais acessível.
O debate contou com a presença de Natanael Barros, presidente da
APA e a pessoa que concretizou a possibilidade desta parceria.
Tivemos também a presença do professor Marciano Barros treinador
da APA e viabilizador de possibilidades para muitos atletas da nossa região,
sem restrições a credo, raça e habilidades. Alguém que trabalha pelo esporte e
pelas pessoas.
A professora Graça Alencar, pioneira em trabalhar a prática desportiva
com pessoas com deficiência na região do Vale do São Francisco, também esteve
presente.
José Walter Monteiro, estudante de Psicologia da Univasf,
representou a coordenação de Políticas e Educação Inclusiva, com uma fala muito
valiosa na discussão sobre o olhar da acessibilidade.
Fabricio Mesquita, fisioterapeuta
e Paula Andreatta Maduro Educadora Física participaram marcando mais uma
parceria entre o Hospital Universitário, a APA e o projeto de extensão “O
esporte como ferramenta de desenvolvimento para pessoas com deficiência: ações em um grupo esportiva do vale do São Francisco”, projeto financiado
pela pro- reitoria de extensão (Proex) da UNIVASF.
Como momento de maior emoção do
debate tivemos as falas dos paratletas: Francisco Daniel medalhista parapanamericano em
2011 e campeão brasileiro em sua modalidade por 5 anos consecutivos e Nanilze
Venceslau, a Nani, campeã da sua modalidade no circuito norte-nordeste. Além
dos atletas tivemos, representando os familiares dos paratletas, Dona Edinalva, mãe de Francisco Daniel que
emocionou a todos contando sobre a história de superação do filho e de como o
esporte abriu possibilidades a ele.
E ainda contamos com um público participativo entre estudantes de psicologia, profissionais de educação física, professores de Psicologia, atletas, entre tantos que estiveram prestigiaram este encontro.
Foi um encontro inesquecível, de
pessoas que lutam, e se superam. Um encontro de campeões. Um amigo depois
comentou que ficou emocionado em uma fala de um dos atletas que diz que teve
que ser campeão para ser reconhecido e é esta a realidade do mundo que vivemos
e acredito nisto, é importante nos sentirmos campeões em nossas conquistas, que
nós sejamos reconhecedores de nossas lutas, para que nós nos reconheçamos com
agentes sociais. Este é um compromisso com o mundo e a com a sociedade que
vivemos.
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