CRISE NA EDUCAÇÃO: COMO E PORQUÊS

Seguindo nosso ciclo de textos-debates sobre a crise em que a Educação se encontra, segue um texto de Clara Maria de Sousa e Erika Hofling Epiphanio.

A crise na educação vem ocorrendo ao longo dos anos, tendo motivos diversos para a situação agravante de decadência educacional em muitos lugares de nosso país. Como e por que isso acontece? Será que isso é de hoje? Como vimos na fala de Viviane Mosé, realmente esta crise não é de hoje. Vivemos hoje, como ela nos aponta a crise da passividade da educação.
Atualmente se fala em uma nação formada educacionalmente para o progresso. Como nas décadas de 90, muito tem se investido, mas ainda a desestrutura na escola está a “olho nu” acontecendo e com isto visualiza-se a falta de prioridade dada a “porta do progresso” que é a educação. A escola ainda hoje, não ajuda o aluno a pensar, mas a decorar, porque pensar exige atitude e mudança. Desejam-se alunos ainda docilizados, para que as ideias sejam comandadas e que a propagação de vez e voz seja inexistente na sociedade.
Ao se fazer um levantamento histórico da educação no Brasil, percebe-se a crise na educação ocorrendo ainda hoje por um contexto político, não elevando a questão partidária, mas do exercício de cidadania de cada indivíduo. Porque a escola pode ajudar ou atrapalhar esse processo de conscientização, dependendo muito da maneira como cada um pensará nas saídas em busca de melhoria da sua qualidade de vida. 
Ainda nos dias de hoje, existe um grande disparate, entre escolas modernas, com infraestrutura com tecnologia de ponta, enquanto outras escolas também públicas vivem a decadência de funcionarem precariamente com pouco conforto e estrutura. Além disto, tem-se uma metodologia aplicada pelos professores, geralmente vezes impostas e mantidas do regime tradicional.
Há pouco investimento e pouca prioridade por parte dos representantes escolhidos de modo democrático. Além de que muitos cidadãos ainda vivem no sentimento de conformidade e não de ampliação de diálogo quanto melhoria nos contextos educacionais.
Para que a crise da educação seja modificada, é necessário compromisso de todos, conseguindo levantar discussões em busca de uma educação verdadeiramente de qualidade a todos. Sente-se que mesmo com tantos programas surgidos nos últimos anos, a educação vem crescendo a passos lentos, por essa falta de abertura de consciência de todos os cidadãos brasileiros.
Vê-se, portanto, que investir na educação pública de qualidade, historicamente não faz muito parte do cenário do nosso país. Mas que novas estratégias podem surgir e que lutas conjuntas poderão acontecer para que a educação verdadeiramente aconteça de modo ao favorecimento de todos, levando ao sonho de avanço do país e de formação de qualidade para todos.



Para aprofundar:
BRANDÃO, C.R. (org) O educador: vida e morte. Graal, 12ª edição. 2002.

SAVIANI, Dermeval. História e História da Educação: o debate teórico-metodológico atual. Campinas, SP: Autores Associados, 1998. 

Comentários

  1. Oi pessoal, concordo com o ponto de vista, mas busco acreditar que nem tudo está perdido! Recomendo a assistir a série Educação.doc - sobre diferentes escola públicas brasileiras: https://www.youtube.com/playlist?list=PLPrFX65xJWXUUyf7T2irLuXD4VB336tL_

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