Ser e Nada
Emanoela S. Lima
Se sou para mim
Aquilo que nada sou
O que está por trás daquilo que um dia me constituiu?
Se no nada paira
A verdadeira miragem do ser
Ser para o nada
É ser para si
Aquilo que nunca seremos
Pois bem, se as somas numéricas são exatas
A existência, meu caro, nada mais é
Do que o avesso daquilo que se é
Juntamente com aquilo que neste exato momento
Não somos
Se ser-para-si
É surgir do não ser
A consciência do que se é
Já passou nesse instante da intencional realidade
Que confere ao ser a consciência d’uma relação
Com o nada
Na sede de ser
Seremos
O avesso do revesso
De convivermos com o ser-nada
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