XI Simpósio Nacional de Práticas Psicológicas em Instituição

Olá caros leitores, estivemos um pouco ausente, mas por um bom motivo.
O NEPFE esteve nos últimos dias envolvidíssimo com a organização do XISNPPI, que aconteceu nos dias 16, 17 e 18 de novembro na Univasf, no campus de Petrolina.
Este simpósio faz parte dos simpósios bienais como uma das ações do GT-Práticas Psicológicas em Instituições: atenção, desconstrução e invenção, um grupo de trabalho vinculado à Associação Nacional de Pesquisa e Pós-graduação em Psicologia – ANPEPP.
Foram 3 dias de encontro, encontro entre pessoas, encontro de experiências, encontros envolventes, em que todos nós saimos, apesar do cansaço do enorme trabalho que tivemos, revigorados e transformados.
Dividimos com vocês alguns momentos e as versões de sentido produzidas pelo grupo após o encontro. Creio que estas versões dizem sobre o caráter deste acontecimento, dizem sobre a dimensão da experiência e dizem da afetividade do grupo que produziu este evento.
Caso você leitor, esteve presente no XISNPPI e quiser dividir conosco sua versão de sentido, vá ao cantinho do pitaco e escreva a sua versão de sentido, vamos adorar ampliar o sentido deste encontro.
Heloisa Schymanski Carmem Barreto e Maria Luiza Schimit
Se pudesse pensar em uma palavra para resumir o que vivi nesses últimos dias seria: aprendizado.
Aprendi que: nem sempre as coisas saem como o planejado, que precisamos lidar com a frustração de nossos planos para com o outro e que mais importante que as técnicas e os planos, é a forma como eu me disponho a estar diante desse outro no meu fazer. E digo isso tanto para o fazer profissional quanto para a vida.
Aprendi que é preciso manter a serenidade, não no sentido de passividade, mas de um pensamento reflexivo voltado ao sentido das coisas, do que fazemos, do que acolhemos.
E, além disso, aprendi a conviver com pessoas diferentes, dividindo e respeitando o seu modo de existência e de pensamento.

Como não preciso resumir essa experiência em uma palavra, coloco aqui também alguns sentimentos, como: acolhimento e reflexão.
Me senti acolhida em diversos momentos: nas minhas angústias quanto ao saber fazer, nas minhas inseguranças cotidianas.
E a partir dessa experiência, pude refletir sobre momentos atuais na minha vida, comportamentos e saberes, que pude colocar em um processo de reavaliação e construção.

Para terminar, gostaria de acrescentar outro sentimento à esse momento, o sentimento de alegria, por sentir que estou no caminho certo (para o meu momento)! 

Não exatamente o mais fácil, nem o mais confortável. Mas o que pode me fazer crescer como pessoa, acima de tudo!
Romerito o causador
Um Simpósio...
Um encontro...
Um mistura humana...
Sentidos revelados...
Significados construídos...
Palavras benditas ou bem ditas...
Inquietantes vozes no sinérgico interagir.
Corpo que escutou, sentiu, falou...
Entrelaçar da técnica com serenidade no fazer psicológico.


Encontro de saberes, de técnicas, mas sobretudo de almas.
Karla Danielle e Dalmo, gonzagueando com ternura!
Minha alma pulsa em uma nova sintonia. 
Meu coração se transforma.
É  brilho sertanejo tomando conta, formando corpo, pulsando em minhas veias.
Maria Inês Badaró, Barbara Cabral, Jurema Barros Dantas, Malu Schimit, Carmem Barrreto e Maria Julia Kováz
Viver para presentificar a escuta, mesmo sem o uso da palavra, mas da presença.

Trocas de experiência, encontro e articulação  de pensamento reflexivo voltados á ação prática psicológica

Com Thalita a garçonete gente boa!
O
Simpósio resumidamente, foi emoção do início ao fim, reflexão e cuidado. Desde a decoração do ambiente super receptiva, aconchegante como se estivesse numa casa, com muitos detalhes regionais, revelando e saudando a cultura do local. Emoção por parte
de todos, onde puderam se sentir tocados e afetados em algum ou alguns momentos do evento,
esses são os comentários de corredores. Mas eu enquanto ouvinte, além de ter
sido uma oportunidade única é possível resumir numa palavra e descreve-la sobre o que diz respeito, foi “trans-forma-dor”.
Para
entender a separação penso da seguinte forma, a respeito do que me ficou do
evento: todas suas discussões, reflexões e aprendizado. O “trans’’ traz
a ideia de através ou de ir além a alguma coisa; a “forma” nada mais é
que a configuração de suas partes, procedimentos ou maneiras desse fazer
Psicologia; a “dor” de certa forma me lembra a angustia, a mesma
compartilhada por vários graduandos que estavam presentes. A angustia do não
saber o que fazer na prática, do pensar em tornar-se psicólogo, dum medo, ou
insegurança, já que a pratica da profissão as vezes parece bem inacessível até
um certo momento do curso, se tornando desanimador, então, enquanto estudante
do quinto período, acho muito pouca essa proximidade que tivemos da ação e experiência.
Mas, que ainda assim pode se questionar e refletir sobre os modos de se fazer
psicologia.

A
dor me lembra de diversos pontos discutidos nas cirandas e rodas narrativas, mas me traz também a reflexão, a demanda do que o outro pode apresentar,
ao procurar ajuda de um psicólogo. Ressaltando a importância de se saber ouvir,
e as diversas possibilidades de se trabalhar esse ouvir, todas as cirandas e as
rodas narrativas que participei foi incrível, onde cada estudante ou
profissional pode trazer sua experiência nas políticas públicas de saúde,
praticas fenomenológicas ou educação, as falas e experiência da Doutora em
psicologia Clínica - Shirley Macedo Vieira de Melo (Docente da UNIVASF), prendeu minha atenção, ao
se falar das diversas formas de escuta do psicólogo, onde trouxe uma condição
dela, e a possibilidade em se trabalhar todos os sentidos. Já que a pessoa não
fala só com a boca, e o outro não ouve só com os ouvidos, a pessoa pode dizer
muito através do olhar, dos movimentos com a mão, corpo ou manifestar o que se
quer dizer através dos sentidos. É preciso se respeitar cada ser como singular
e o sentido que cada experiência tem para ele, acreditando na sua capacidade de
se reinventar e inovar, encontrando sentido se essa for a questão para suas
questões ou vida.

Assim
como, a importância da ação clínica, podendo ser exercida por qualquer teoria,
sendo preciso saber respeitar o espaço e o que cada um defende. A diferença
está na lente que cada um olha para o fenômeno. Juntando todas as partes dessa
palavra “transformação” separada, pude quebrar um pouco dessa insegurança e
angustia, enquanto estudante em formação, ouvir o outro falar e compreender o que
não sei explicar tão concretamente, foi extremamente importante pra clarear os
caminhos e as possibilidades que podemos encontrar, as experiências mostradas dá
um certo alivio e nos deixa próximos dessa experiência não praticada até então,
deixando um gosto de curiosidade para o que é desconhecido. São caminhos que foram
apresentados e que estava além de minhas expectativas, caminhos esses que tem
muito a me ensinar ainda e muito pra se ver. Mas, obviamente mesmo com esse “domínio”
em mãos nunca vou consegui ver tudo, mas é importante ressaltar que a pouca
proximidade que tive, teoria nenhuma deu conta de explicar as vivencias que
experimentei, e tenho valorizado muito mais está presente e em contato com o
outro do que está apegada totalmente a teorias, as teorias são importantes sim,
mas não é o suficiente. Consigo extrair mais aprendizagem das vivencias através
do contato com as pessoas do que as tantas teorias que aprendemos na academia.
E a entender a academia como essa forma, espaço, para me estruturar, instruir,
instigar e me apresentar profissionais incríveis que tem a decência de falar e
reconhecer suas falhas e erros, mas muito mais que isso estão abertos a
oferecer espaços, onde juntos a tantos questionamentos se trabalhar
alternativas de olhar para algum fenômeno e se continuar a construção da
Psicologia. Me proporcionando a findar o evento com gostinho de saudade, me emocionando ter que se "despedir" do ambiente aconchegante e de uma equipe organizadora e de convidados super acolhedores, mas que deixou em mim uma melhor esperança, informações e um grande aprendizado a respeito de diversas teorias e referencias importantes, como também uma psicologia que se reinventa e que tem diversas
formas de ver e entender o homem.
Melina Pereira, Janne Freitas, Erika Epiphanio, Darlindo Ferreira de Lima, Suely Emília e Barbara Cabral.
Falar de versão de sentido de algo que foi vivido, sentido, partilhado e muito bem refletido naquele momento de experiênciar e, de estar ali no processo de excuta, é algo que só pode ser sentido por quem de fato esteve no simpósio não só para participar de um simpósio, mas para se ver enquanto ser, ser tão intenso e tão envolvente e tão presente diante da diversidade exposta e sentida por todos que ali se fez presente, mas presente não só no evento, mas sim, presente de corpo e alma para poder sentir afetado pela sua leveza, grandeza em proporcionar o momento tão enriquecedor, de sentir como me sentir durante todos esses três dias, diante das possibilidades do meu eu, mas quem é esse eu? Eu que me perguntava inquietamente o que eu to fazendo, ou o que tenho deixado de fazer, que tanto ta me inquietado tanto neste momento, em que preciso ouvir mais, e não me questionar, mas o meu eu, se continha dessa minha inquietação e, continuava insistindo de forma que se apoderou do meu eu, e mi dizia de forma muito serena que, isso é possibilidade que o encontro está te promovendo e inquietando, mas que eu não consegui expressar em mi, mas sentia isso no meu eu interior, que não era esse eu presente, mas sim o meu eu objeto sem conseguir alcançar esse meu eu que tanto me inquietava para dar uma resposta de tudo o que estava vivendo e sentido ali, mas logo me veio à mente isso é versão de sentido de estar aqui, de poder vivenciar tudo isso e ainda refletir a cerca do que esta sendo vivenciado aqui e, que transborda em mim sem muito explicar, mas que deixou muitas inquietações. Espero ter conseguido expressar a minha versão se sentido que foi vivenciar esse evento! 
Rodas narrativas
Durante esses três dias me senti parte de uma história que vem sendo construída  no mundo, mas também dentro de mim. Sem dúvida alguma após a vivência do evento quero trilhar a linha do compromisso ético-político  via saúde-educação de cuidar do outro na condição autêntica de disponibilidade do ser-no-mundo-em-relação com esse outro por meio de olhos, ouvidos e mãos empáticos que ouvem o humano em sua existência e que não faz uso da técnica para objetifica-lo ou compreende-lo sob vieses normativos-bilaterais.


RESUMINDO UM ENCONTRO DE ALMAS QUE TOCOU A TODOS!

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