texto escrito por Emanoela Souza Lima e Thâmara Agnes
O 6º Fórum de Mobilização Antimanicomial (FMA) do Sertão do Submédio do São Francisco/ 3ª Mostra de Atenção Psicossocial, eventos organizados pelo Núcleo de Mobilização Antimanicomial do Sertão (NUMANS), aconteceram nos dias 01, 02 e 03 de junho de 2016. Cujo tema foi: “Reforma Psiquiátrica e Luta Antimanicomial: mobilizar o agir político em defesa dos direitos humanos”.
O FMA caracteriza-se como um
evento no qual as discussões sobre a Reforma Psiquiátrica e a Luta
Antimanicomial são centrais. Um espaço que se propõe o fortalecimento da Rede
de Atenção Psicossocial para possibilitar o acolhimento e cuidado aos usuários
de saúde mental de forma digna, garantindo-lhes os direitos fundamentais, isto
por que, compreende-se que a lógica de “cuidado” dos manicômios destitui a
pessoa da sua condição de ser livre e poder atuar diretamente no seu quadro
clínico.
O 6º FMA homenageou o professor e militante da reforma, Marcus Vinícius de Oliveira, conhecido como Marcos Matraga, uma importante figura na luta em favor dos direitos humanos. O tema desse ano teve como objetivo refletir sobre modo de cuidado e formas de mobilização para resistir aos retrocessos do contexto atual no SUS e na Saúde Mental. O evento contou com diversos convidados, entre eles estavam presentes profissionais, usuários de saúde mental e artistas.
Esse evento tem caráter de
formação acadêmica, possibilita que profissionais, em formação e em exercício,
compreendam que o cuidado é antimanicomial. Busca também ter um caráter político,
pois proporciona que usuários de saúde mental e comunidade mobilizem-se e
organizem-se em prol da Luta Antimanicomial, que deve ser diária. Possui caráter
cultural, a programação inicia-se com diversas oficinas e ao longo dos dias acontecem
várias apresentações artísticas e culturais. O evento é aberto, plural e acima
de tudo possibilita CRESCIMENTO humano, RECONFIGURA modos de ver o mundo, MOBILIZA
e emociona.
A partir do que foi exposto e das nossas vivências no evento, podemos dizer que o seu caráter político nos instiga a ampliarmos os nossos modos de pensar a atenção e o cuidado dados aos usuários dos serviços, no intuito de defender o direito a saúde para todas/os. E do lugar de profissionais em formação em Psicologia, agradecemos a vida por esta oportunidade de ouvir relatos de usuários de saúde mental que tiveram experiências em manicômios e que são militantes da causa, nos contagiamos com a força de Leide Bonfim e com a leveza e poesia de Milton Freire. Gratidão à possibilidade de ouvir Ana Marta Lobosque, grande nome na produção e militância da Luta Antimanicomial, e Ray Lima, que utiliza a arte como ferramenta de cuidado, compositor de uma música que se tornou um mantra coletivo:
A partir do que foi exposto e das nossas vivências no evento, podemos dizer que o seu caráter político nos instiga a ampliarmos os nossos modos de pensar a atenção e o cuidado dados aos usuários dos serviços, no intuito de defender o direito a saúde para todas/os. E do lugar de profissionais em formação em Psicologia, agradecemos a vida por esta oportunidade de ouvir relatos de usuários de saúde mental que tiveram experiências em manicômios e que são militantes da causa, nos contagiamos com a força de Leide Bonfim e com a leveza e poesia de Milton Freire. Gratidão à possibilidade de ouvir Ana Marta Lobosque, grande nome na produção e militância da Luta Antimanicomial, e Ray Lima, que utiliza a arte como ferramenta de cuidado, compositor de uma música que se tornou um mantra coletivo:
“Escuta,
escuta, o outro a outra já vem
Escuta,
acolhe, cuidar do outro faz bem
Desde
o tempo em que nasci
Logo
aprendi algo assim
Cuidar
do outro é cuidar de mim
Cuidar
de mim é cuidar do mundo!
Escuta,
escuta, o outro a outra já vem
Escuta,
acolhe, cuidar do outro faz bem”
Acreditamos que, sim, são eventos como o 6º FMA que nos dá a
oportunidade de compreender as práticas psicológicas na rede de atenção em
saúde (união da teoria/prática), amplia a nossa visão os diversos dispositivos
de cuidado em Saúde Mental, sendo extensivo a outros espaços nos quais nós,
profissionais da saúde, estaremos inseridos.
Gratidão
à vida!
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