VAZIO EDUCACIONAL


O texto que segue, é mais uma produção realizada pelas afetações provocadas pelo projeto Com-versando! 

Por Silvio Gabriel Linhares Guimarães

O vazio existencial já é um conhecido da vida humana e estudado por grandes autores que vem desde Santo Agostinho que apontava o “mal” como a ausência de “algo”, que preferiu colocar sendo “Deus”. Ademais, passamos por Nietzsche, Kierkegaard, Sartre e Camus. Entretanto, o foco do olhar desse texto está sobre as impressões captadas da imersão na educação pública.
Aqui gostaria de tomar a pretensão de conceituar o “vazio educacional”. Da mesma maneira que o existencial surge quando o Homem se depara com a falta de sentido prévio da vida e mesmo assim está jogado nela na mais radical das liberdades, tendo que sobreviver compulsivamente seus dias e dotando sentido a cada ação, no educacional temos a forma de um estudante, muitas vezes carente das necessidades psíquicas básicas, jogado em um mundo escolástico-cientificista, no qual não há uma relação de sentido na busca do crescimento intelectual pela educação, uma vez que tudo ao seu redor o atinge de maneira a provocar o medo e controle. De tal maneira, o estudo é ativo de punição quando não se atinge escores que visam comprovar o aprendizado. A criança, sem uma perspectiva de futuro, precisa ficar longas horas no silêncio sepulcral para não ser punida por regras e normas. E o falar? E o sentir? Para onde vão os aspectos humanos daquele indivíduo em (in)formação?
A busca pelo sentido da educação precisa ser maior do que um mero despejar de pessoas em instituições diferentes ao longo da vida. É preciso percorrer um caminho para as virtudes intelectuais, nada apoiadas pelos métodos “pedagógicos” de ensino aplicados. A criança se torna, então, cada vez mais cedo, desprovida de simbolização.



Comentários

  1. Muito bom!!! Senti falta de um desfecho mais esperançoso, apenas. Mas, sigamos!

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