Chegou enfim o dia de apresentar
aos nossos leitores quem é quem no Com-versando.
Depois de 15 meses de existência e algumas
mudanças vou contar um pouco sobre as pessoas que tecem este lindo projeto com
muita atenção, sensibilidade e comprometimento.
Todos plenos na diversidade, cada
um trazendo seu tempero existencial, fazendo com que o com-versando tenha um
pouco da cara de todos, misturados com as caras da comunidade...
Um projeto
feito por gente, com pessoas que constroem ações de cuidado no ambiente escolar.
Vou apresentar nossos
com-versantes por um texto construído por cada um dos nosso
integrantes e uma foto deles escolhido por eles e uma foto que eu que escolhi (o
momento eu sacaneando com eles rsrsrs)
Vou começar me apresentando.
Sou Erika Epiphanio,
professora do colegiado de Psicologia da UNIVASF e coordenadora do Projeto
Com-versando.
Sou psicóloga e educadora, logo
falo de dois lugares que se juntam em um olhar de cuidado ao outro e
desenvolvimento humano, coisas que me movem em minha trajetória profissional e
pessoal. Minha formação em uma perspectiva fenomenológica, me mantém atenta aos
aspectos relacionais, hoje meu foco de atenção em meus estudos e práticas na
psicologia.
O projeto Com-versando surge como
a concretização de um sonho, pois com este projeto levamos à comunidade ações
de cuidado, diálogo e escuta ao ambiente escolar, ambiente este que se encontra
bastante adoecido, como reflexo da sociedade que vivemos.
A Educação tem sido minha chama
de esperança que podemos transformar o mundo, em um mundo melhor de se viver,
em que as pessoas respeitem a diversidade, se escutem e possam uma estender às
mãos aos outros, compartilhando solidariedade e cuidado.
O com-versando me desafia
diariamente, sigo aprendendo muito com as experiências vividas junto aos alunos
que fazem o dia-a-dia das pessoas da escola Paulo Freire mais recheado de
sentidos.
Erika na ponta esquerda, na I Maratona do Cuidado
Silvio Guimarães,
faz parte do grupo pioneiro do com-versando
e aquele que dá segurança por onde me arrisco “inventando moda!”. Seu nome é
trabalho, o cara é estranho, sensível, competente e sempre topa os desafios.
"O Com-versando pra mim
é uma experiência ímpar de afeto e cuidado! Gosto sempre de dizer para quem me
pergunta "o que o Com-versando faz?" Que o Com-versando faz! Silvio (estudante do 3º período do Psicologia)
Silvio da festas junina de 2019, junto com Thais Teixeira
Tereza Raquel,
garota cheia de talentos e sensibilidade,
traz o olhar da comunidade logo no início do projeto. Insere a rima como
a conexão com a comunidade, hoje referência no bairro nas batalhas de rimas. A
mina arrasa!
Tereza está aí no meio, ela que escolheu esta foto, mas eu escolhi a de baixo, para ver quem é Tereza
"Ainda lembro da surpresa ao descobrir que o projeto
atuaria no bairro onde nasci e moro. Creio que nesse momento houve uma
ressignificação do que o projeto representava pra mim e das minhas
expectativas. O Com-Versando pra mim é como um retorno as origens e antes de
tudo serviço, cuidado. Se implicar em buscar novas alternativas de alcançar a
comunidade escolar, ensinar a refletir. É como a gente costuma dizer nas
batalhas de freestyle "rima ganha de rima", é necessário
superar, buscar novas formas de enxergar o mundo, buscar uma nova rima mais
inteligente, respeitar a roda, agir na realidade, mas não deixar de lado o que
é da imaginação, as vezes é preciso não "levar pro coração"... é
necessário sempre enfrentar.
Cada integrante desse projeto, cada professor, aluno, o tio do lanche, a
moça do dindin, o porteiro e os seus jogos complicados, a gestão, a família e
os colaboradores são o Com-Versando.
E parafraseando o grande rapper brasileiro Sabotage que diz que o
"rap é compromisso", ousamos dizer que o Com-Versando é um
compromisso contínuo com o cuidado." Tereza Raquel da Silva Santos- estudante de psicologia"
Tereza Raquel com Paulinha na festa junina de 2018
Jaciara França,
mulher potente, que transita em caminhos de luta e envolvimento
político-social. Também pioneira do com-versando. Hoje uma das principais
escutas na escola, em ações de plantão psicológico e na liderança do GT-Jornal.
"Olá
me chamo Jaciara França Gama, sou estudante de Psicologia na UNIVASF, componho
o quadro de com-versantes a mais de um ano e também estou como estagiária no
Plantão Psicológico na mesma escola que o Com-versando atua. Sou apaixonada por
esse Projeto ele deu maior sentido na minha formação em Psicologia e acredito
na potência que ele possui para todos os contemplados com nossas ações. Por meio do cuidado e do diálogo levamos para
o ambiente escolar um olhar humano e sensível às questões que vão emergindo. Somos escuta, atenção, afeto e lutamos por
uma educação que pense o estudante de forma holística."
Jaci com Aldrim (parceiraço do projeto na I Maratona de Cuidado em 2018)
E na escuta também temos a Paulinha, que também
fez parte do primeiro grupo do projeto. Já deu seu toque nas danças e
relações construídas na escola e atualmente está apenas como plantonista do
projeto, mas atenta e colaborativa a tudo que tem “com-versa” da escola.
Paulinha segunda da esquerda para direita ao lado de Erika, Jaci, Tereza, João e Silvio na Tenda Com-versando na I Maratona de cuidado
"No fim do ano de 2017, com interesse em experienciar uma
prática que fizesse sentido para mim, junto a pessoas completamente diferentes
nos disponibilizamos e assumimos o compromisso de construir o Com-versando.
Sintonia. No grupo, o que faltava em um, no outro sobrava.
Na escola, o que nos propúnhamos a
levar, era o que precisava ser pensado e construído... Cuidado, atenção e
abertura, para pensarmos a forma que as relações se davam.
Eu, mãe, penso o Com-versando como um filho. Filho esse,
sonhado e planejado, com responsabilidade e afeto.
Posto no mundo, sem controle do como se daria, mas numa
abertura imensa aos encontros e às experiências. Criado para o mundo, para
crescer, voar. Com uma preocupação constante. Cuidando, para o cuidar.
O Com-versando me transformou profundamente, por me
oportunizar aprender coisas que não estão nos livros. O saber fazer fazendo.
Diante das dificuldades concretas, nos reinventamos, na busca de possibilidades
saudáveis de dar conta, na medida em que podemos, do sofrimento humano.
Fazer parte do Com-versando, além de estar na escola como
plantonista, é um grande privilégio. Me chamo Ana Paula e sou estudante do
décimo período de psicologia."
Paulinha com Silvio, Jaci, Luis e Pedro
Em agosto de 2018, tivemos uma
nova seleção para o projeto e com isto nossa família cresceu e pudemos estender
nossas ações para o turno da noite, ficando agora com os três turnos de
funcionamento da escola com ações de cuidado e escuta no ambiente escolar.
José Luís
encantou o primeiro grupo de com-versantes de cara, tanto que driblou a regra
que tinha que ser estudante do segundo período para frente (quando ingressou no
com-versando estava no primeiro período de psicologia). Luís um olhar atento ao
cuidado, comprometido e motivado, mantem acessa as luzes do com-ver cine, GT que se mantem em sua liderança.
José Luis na seleção do projeto com-versando em 2018
"Quando
cheguei no Com-versando no meio de 2018, no auge do meu primeiro período de
Psicologia, procurava um projeto que me tocasse, que me fizesse brilhar os
olhos e que pudesse ter um impacto relevante para a comunidade de Petrolina.
Bom, posso dizer que minhas expectativas foram supridas.
De início
tem sempre aquele impacto de começar algo novo, como eu tinha pouca experiência
no ambiente acadêmico cada nova reunião e nova formação era um desafio novo,
ouvir tantos termos específicos da Psicologia e Fenomenologia me causavam certa
estranheza e receio de colocar em prática o que era exposto nos encontros. Cabe
ressaltar que o meu contato com a Fenomenologia foi antes mesmo de cursar a
matéria, ou seja, era um leigo no assunto. Porém, encontrei um clima de extremo
aconchego, onde pude evoluir enquanto estudante e participante do projeto.
Começam as
visitas à escola, e com elas a certeza que nosso trabalho era fundamental no
Paulo freire, onde nós favorecemos um ambiente de cuidado aos alunos,
professores e familiares, que podem, por exemplo, ter acesso oficinas de lazer,
plantões psicológicos, rodas de conversa sobre variados temas e tantas outras
atividades que estão em andamento. É importante ressaltar, que nenhum valor é
cobrado, e todas as atividades os alunos se inscrevem, tendo total liberdade e
autonomia. Estar em contato semanal com os estudantes é fantástico, nos causa
uma verdadeira noção de como é prática psicológica e como funciona a
facilitação de atividades em prol do bem estar na escola. Assim como é possível
observar como isso tudo nos afeta em quanto pessoa, pois estamos sempre nos
deparando com novas situações que nos engrandecem muito e nos fazem aprender
com o projeto.
Por fim,
fazer parte do Com-versando é abrir-se para o convívio com pessoas que
necessitam de mais espaços de diálogo e amparo, onde é preciso estar junto e se
colocar à disposição de se jogar em mundo de atenção, escuta e encontros, que
levam não só a ações de intervenção no meio escolar e arredores, mas a
situações que estaremos sempre nos deparando com momentos que nos fazem
refletir e aprender com base nas vivências adquiridas no projeto" José Luís
Luis na festa junina de 2019 (atrás Thais, o querido Rafael E Barbara)
Barbara Mó,
também chega encantando, propiciando espaços de expressão nas oficinas do
Drama-ação. Disponível e criativa, quando a proposta é atenção à comunidade
escolar.
"Sou Barbara Mó Pereira, estudante do 4°período
de psicologia da UNIVASF. Busco construir minha graduação ocupando espaços que
estejam além da sala de aula, por isso eu vejo que estar no Com-versando é o
meu momento de contato com a realidade da comunidade, para então dividir com
ela o que estudo e assim entender suas demandas. Colocar-me disponível para ouvir
e oferecer cuidado para as crianças da Escola Paulo Freire através da
fenomenologia é hoje o meu movimento de resistência. Ao estar dentro da escola
me deparo com ambientes e situações muito dinâmicas, momentos de cuidado e
acolhimento muito sensíveis, além de desafios que enfrento junto com meus
companheiros do projeto, tentando sempre me manter inteira lá. Sinto que cada
entrada e saída por aqueles portões de ferro são montanhas russas de vontades,
emoções, desafios e luta. E ver possibilidades lá dentro da escola é o que
busco pra seguir me transformando e transformando junto com o com-versando"
Tereza Teles,
uma presença enigmática, que carrega um olhar sensível diante do silêncio.
Tereza Teles no desafio da rima
"Sou Tereza, atualmente cursando o 7° período de psicologia e desde o 4°
minhas maiores aproximações se deram com a psicologia no contexto escolar. O
projeto com-versando apareceu para mim num momento em que buscava por
motivações no meu curso para além dos muros da universidade. São inúmeros os
aspectos positivos desse projeto, dentre eles o comprometimento e o cuidado das
pessoas que participam dele, a disposição de levar o que construímos dentro da
universidade para mais próximo da comunidade externa e principalmente a
comunidade que não está a um raio de 2km das dependências dela. Sinto-me
pertencente a algo que tem um propósito e uma importância social e dentre todas
as atividades que realizei durante a graduação essa com certeza é a mais
significativa e a que mais me ensinou. A importância de um projeto como esse em
uma escola está no potencial de mudança social que ele possui. A escola é onde
me vejo atuando, é onde me sinto pertencente e é onde consigo visualizar a
possibilidade de fazer algo factível pelo presente das pessoas para que a
perspectiva de futuro exista e seja melhor."
Pedro Cadidé,
um estudante de Medicina apaixonado por gente! Um cara comprometido com o projeto e com escuta das boas!
"O projeto Com-versando
apareceu para mim como um presente inesperado. Estava a quase um ano na
faculdade e estava desejando muito um projeto de extensão que me aproximasse da
comunidade. Dai, apareceu o Com-versando, como uma notificação no celular
e logo essa procura cessou. O projeto é perfeito, exatamente como eu queria, que
me inserisse na comunidade e tivesse um significado, propósito real: mudar vidas.
Muito bom poder conhecer as pessoas que compõe esse projeto, a vida de crianças
em um ambiente escolar e perceber dificuldades que eu sou capaz de enfrentar e
transformar em algo positivo, um aprendizado. Educação e cuidado tem sido mais
uma busca nesse projeto do que algo que eu tenho levado. O mais incrível é
perceber os laços que estão sendo formados e as vidas, que ao pouco, vêm sendo
transformadas. O projeto Com-versando é lindo e, apesar das dificuldades,
principalmente de deslocamento para mim, é algo que vale a pena, que me
sustenta." Pedro Cadidè
Pedro cuidando e sendo cuidado por outra grande parceira do projeto, dona de mão de fatas a fisioterapeuta Aline Geres.
Leonardo Vitor
é o bolsista do projeto, alguém que não tem medo de me acompanhar. Também
morador do bairro e egresso da escola que atuamos, assim como Tereza Raquel,
uma presença que nos conecta com a comunidade!
Leo bem ao centro na ação feita no bairro São Gonçalo, no evento Extramuros em defesa da Educação
"Eu sou o Leo e estou
no quinto período de psicologia. O Com-versando surgiu para mim como uma forma
de retorno a uma realidade já vivida por mim. Levar as atividades propostas
pelo projeto, assim como, qualidade de vida para uma comunidade que faz parte da
minha história, me motivou de tal forma que hoje me sinto enormemente grato a
todos os amigos do Com-versando que juntos desenvolvemos esse trabalho
magnífico. Levar cuidado para a periferia é hoje o que faz sentido para mim, e
essa é a minha intenção, contribuir para que pessoas sejam cuidadas."
Leo na primeira confraternização do com-versando
A seguir vou apresentar as três novas integrantes do projeto, ingressaram no início deste ano e já estão
fazendo a diferença.
Thais Teixeira chegou... chegando! Logo mostrou a que veio,
e o projeto ganhou um novo e cuidadoso olhar.
Thais e o encantador Jhon na ação extramuros
"Meu nome é Thaís Albuquerque, sou estudante de Psicologia da UNIVASF e
sinto que participar do Projeto Com-versando é algo que verdadeiramente me
move. Entrei com o intuito de buscar algo do qual eu possa fazer parte, trazer
alguma mudança. O projeto me proporciona conhecer a realidade de crianças,
jovens e profissionais da educação de uma maneira presente, disponibilizando
acolhimento, escuta e cuidado e isso é algo que me afeta de uma maneira que me
impulsiona a continuar fazendo o que fazemos.
Junto com a Bárbara, produzimos na escola a oficina ‘’Drama Ação’’, que
consiste em atividades e dinâmicas que permitem que os alunos explorem suas
emoções, sentimentos, expressões corporais e também o respeito individual e em
grupo.
Mesmo não sendo pioneira, é gratificante e uma honra fazer parte desse
projeto junto com colegas incríveis e que me receberam com um verdadeiro
cuidado, além de ver o avanço de cada um na escola, seja no papel de aluno,
professor, direção, ou simplesmente no papel de ser."
Nossa mascotinha Taís Maceda, um encanto de garota, que se conecta com tanta
facilidade que dá tempero de quem já é veterana.
"Olá! Sou Thaís Macêda dos Santos, estou no 1° período de Psicologia -
Univasf.
Meu interesse em participar do projeto Com-versando nas escolas se dá
por conta da tamanha importância que considero ter o projeto. Tanto pelo
auxílio prestado aos jovens, as mães e aos profissionais da educação, em um
ambiente que precisa cada vez mais de cuidado, que precisa realmente ser
'ouvido', - digo isso pela minha história, e necessidades que tive quando nessa
fase, e por observar que essas necessidades perpetuam nessa nova geração -,
quanto pelo aprendizado que obteremos desse intercâmbio com uma outra
realidade, que nos acrescentará tanto no meio acadêmico, quanto no profissional
e no pessoal também.” Esse foi um trecho da minha carta de intenção, redigida no meio de 2018.
Fui pra lista de espera e tudo bem, continuei com os olhos abrilhantados por
esse projeto.
E agora que estou no 3º
período entrei no projeto.
A minha opinião sobre o projeto é a mesma?! É. Mas tem muito mais, é
sempre mais.
Disse esses dias para alguém muito especial que tudo tem a ver com o
Com.versando (a pessoa e a frase): “Querendo ou não, mantém a chama da
verdadeira psicologia acesa em cada um de nós que acredita nisso tudo.”
O COM.VERSANDO É MUITO MAIS, e eu sou Thaís Macêda, estudante do 3º
período de Psicologia da UNIVASF."
Walentina a primeira a direita ao lado de Silvio, Jaci e Luis.
"O Com-versando chegou na minha vida como um desafio, concretizando os planos que tracei antes mesmo de iniciar no curso de psicologia.
Alguns meses antes de começar a faculdade me envolvi na área do audiovisual e do cinema, e fiquei curiosa em entender como poderia unir essas duas áreas, foi aí que chegou o Com-versando
com a proposta de um documentário, trazendo uma oportunidade concreta dessa junção,
E encarar esse desafio enorme de produzir meu primeiro Documentário, me envolvendo com esse projeto tão rico e tão lindo, está sendo incrível e provocador.
E espero que em breve possa mostrar os resultados desse trabalho!!" mas temos uma palhinha do trabalho desta talentosa e sensível com-versante no final do post.
Não posso deixar de dar uma palavrinha sobre o João Paulo Leite. Não está mais no projeto, mas foi um dos seus idealizadores e alguém que se doou muito ao projeto e deixou saudades.
Pedro e João na II maratona de cuidado
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