O texto de hoje foi produzido por uma estudante de Psicologia da Univasf, inspirado nas aulas de Psicologia Fenomenológica-existencial II.
Tão poético e potente
por Radmylla Ribeiro
O Algo e o Ser
Tenho tudo, mas sou o Ser incompleto.
Incompleto nas relações, nos contatos, nas vivências e experiências.
Tenho liberdade, mas não me sinto livre.
Tento viver para mim, mas não consigo.
Algo me prende!
Algo existe!
O Algo se encaixa em angústia, escolha e tristeza.
Algo como uma forma humana de poder.
E esse poder ao longo da vida não se desprende, vivendo uma constante
simbiose que é difícil se separar e cortar o cordão.
O Algo é até bom, mas é tão bom que em excesso chega a adoecer.
Deste adoecimento o indivíduo que está preso não consegue se
desenvolver, a sua auto realização se forma de maneira lenta e angustiante.
O Algo é tão resistente com o indivíduo que a sua fronteira de contato
se torna rígida. Bloqueia o contato com o Ser, impossibilitando de não estar
aberto a escuta, atos, conselhos, acolhimento e paciência.
O Algo é como se fosse uma mãe um ser que toma conta de você.
Às vezes, o Algo traz um sentimento de alerta para algum acontecimento
inadequado, que o Algo corrige ao correto.
Para o Algo, o Ser não permaneceu nos padrões, o diferente não pode
entrar nesta fronteira.
O “ponto cego” habita tão forte no Algo, havendo uma profunda destruição
de sentimentos, emoções, atitudes, gerando uma repressão, um anseio
entristecido não esperado pelo Algo.
Então, ao longo da vida aprendi como lidar com o Algo.
Respeitando, tentando manter o máximo de paciência, porque, o Algo
ensina lições da vida.
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